17 de agosto de 2009

Patrulhagem, carolices e picuinhas do mundinho blogueiro

Atenção: leitores interessados em coisas interessantes, fujam desse post.

A Marjorie Rodrigues tem um blog muitíssimo bem escrito. É um bom blog. Quem o lê sempre é a minha mulher. Fermenta a sua imaginação feminista. Dia desses aqui em casa, em mais uma discussão estéril sobre a problemática sem solucionática que envolve gêneros sexuais humanos, foi-me indicado um texto da Marjorie sobre o que o Marcelo Tas escreveu acerca do litígio da Juliana Paes contra o Zé Simão, que acabou proibido pela justiça de tocar no nome da atriz.

Enfim, o texto da Marjorie é muito ruim. Sua pretensa desconstrução crítica do texto do Tas é paupérrima. Cheia de falácias lógicas. Ad hominen, declive escorregadio, falácia de omissão. Fiquem à vontade, o menu é grande. A coisa não se sustenta. E pior: além de ser uma argumentação pobre, trata-se de uma patrulhagem das brabas. Tão carola com seu credo quanto uma reunião da TFP ou o comitê do partido comunista norte-coreano. Vejam por vocês mesmos.

Não resisti e deixei algumas palavras na caixa de comentário dela:

Essa carolice feminista me dá ânsia de vômito. Esse texto é coisa de patrulha. Quem sabe, se você estivesse no meio da contra-reforma, mandaria gente pra fogueira. Ou talvez mandaria pra Sibéria alguém que discordasse da doutrina oficial do partido. Só que nasceu num contexto diferente e se aferra a doutrina diferente

O comentário me rendeu uma mui honrosa indicação a Top Troll, ao lado de coisas ultra ofensivas, num post até bem humorado. Deixei outro comentário: “É uma honra”. Meio irônico, meio sério, pois é um bom blog. Fui citado lá. É uma honra. Votei em mim mesmo.

Meu comentário não apareceu. Depois, fui ver, nem o meu comentário original apareceu no lugar onde foi postado. Foi citado apenas em parte (como aí em cima) para ser ridicularizado. Aí vejo que a autora do blog respondeu à minha mulher (que concorda com ela) desse jeito:

gente, tô chocada aqui com os trolls serem amigos ou conhecidos das leitoras!

Bom, acho que o que falta para o seu marido é reconhecer que a sociedade dá a ele um privilégio, apenas por ser homem. Um privilégio de nascimento. Não é culpa dele individualmente — é a estrutura de poder da sociedade. Mas é lógico que isso é chato de se reconhecer. É chato a gente reconhecer que o nosso modo de vida, na outra ponta, prejudica os outros. É mais fácil a gente virar a cara para o outro lado. Fingir que não vê, fingir que não sabe. Mas, felizmente, sempre tem gente para chamar atenção para aquilo que vc não quer ver: “olha, vc tem privilégio. Olha, isso não é justo. Olha, vc precisa rejeitar esse privilégio e lutar com a gente”.

E aí as pessoas se sentem mei’ perseguidas. Pq não querem reconhecer ou abrir mão do privilégio. Querem simplesmente continuar vivendo suas vidinhas. No post do I Choose my Choice, teve um cara que fez um comentário ÓTIMO sobre isso. Ele disse algo mais ou menos assim: “as pessoas ficam: “buááá, eu não posso mais fazer piada de preto em paz? Vc tem que me lembrar que isso é racista? Buááá, me deixa socar uma pra esse gangbang em paz, preciso lembrar que a mulher ali mto provavelmente está sendo explorada?”. E por aí vai.

A gente tá cutucando a ferida. Toda vez que alguém diz “mimimi, estou me sentindo patrulhado”, eu penso: “missão cumprida”. Porque a gente tá aqui pra isso mesmo. Pra incomodar. Pra dizer que não basta virar o rosto e fingir que as coisas não existem. Ora, na prática, eu não posso fazer nada com o seu marido. Eu não posso puni-lo, não posso impedi-lo, não forçá-lo a nada. Nem quero. Na prática, ele continua tendo o seu privilégio, a sociedade continua machista. O lado mais fraco da corda SOU EU! Mas, se ELE se sente patrulhado, se ele se sente tão incomodado, é porque ele sabe que tem algo errado e não quer ser chamado a atenção para isso.

Eu comecei a ficar indignado. Quanta arrogância. Postei isso aqui, esperando não ser censurado:

Além de patrulheira não tem senso de humor e censura comentários?

Meu comentário, neste post, foi: "É uma honra." Recebi a indicação com bom humor. Votei em mim duas vezes (minha mulher, mais uma). Só que meu comentário não foi publicado. Acabei de ver que também não publicou meu comentário "troll".

Só corrobora aquilo que eu disse. Carolice sem tamanho. Patrulha. Não censure este aqui, pelo menos como direito de resposta. Coloquei meu nome e sobrenome, que você citou junto com meu comentário, mas que nem sequer indicou de onde veio, a qual post foi destinado. E também não citou na íntegra.

No post sobre Tas/Simão/Juliana (que é de onde veio o meu comentário), você enxerga pêlo em ovo, Marjorie. Seu filtro é tão forte, sua percepção da realidade é tão enviesada pelo posicionamento sexista, que em muitas coisas que não têm teor necessariamente sexista, mas que tratam de sexo e diferença de gênero, você identifica machismo e joga as pedras. E isso é o espírito de patrulha. Você o tem tanto quanto esquerdistas dogmáticos, cristãos e muçulmanos fervorosos, direitistas anaeróbicos. Reitero o que disse: a minha impressão é que, se você estivesse do outro lado, seria a primeira a "vigiar e punir".

Desça do pedestal e nunca assuma que você percebe a realidade de um ponto de vista superior a algum interlocutor, mesmo que você o considere um troll. Você o fez num comentário acima: "Bom, acho que o que falta para o seu marido é reconhecer que a sociedade dá a ele um privilégio, apenas por ser homem. Um privilégio de nascimento. Não é culpa dele individualmente — é a estrutura de poder da sociedade. Mas é lógico que isso é chato de se reconhecer. É chato a gente reconhecer que o nosso modo de vida, na outra ponta, prejudica os outros. É mais fácil a gente virar a cara para o outro lado."

É incrível como pode tirar essas conclusões apenas por meio de uma crítica ácida a um post seu. Sua postura é tão arrogante que me subestima completamente. Está tão, tão ciosa de seu filtro, de seu feminismo, que não enxerga o real problema que eu apontei: o problema é a carolice, não o feminismo. O problema é a patrulha, não textos inteligentes e desconstruções críticas. Com minhas limitações humanas, eu enxergo as "estruturas de poder" que me cercam, que me garantem privilégios por ser homem e me excluem por outros motivos. Adoro o jornalzinho feminista que circula na Unicamp, do PAGU. Estudo história da ciência e penso que um dos pontos nevrálgicos da coisa, que me dei conta há pouco tempo, é o bloqueio formal à atividade científica para as mulheres até bem pouco tempo atrás, e a contribuição silenciosa das mulheres durante séculos. Gosto das ideias da Donna Haraway, de suas posições intelectuais e políticas. Me identifico completamente com causas feministas, gays, negras. Não tenho problema nem com alguns radicalismos. Mas detesto quem enxerga pêlo em ovo, só porque se encaixa com seu filtro da realidade, como faz a Julia Kristeva em sua análise sobre a física de fluidos. Algo sem pé nem cabeça.

Selecionar e encaixar dados da realidade para satisfazer nossos modelos teóricos é mais fácil do que você pensa. É o que você fez no post sobre o Tas. Algo bem rasteiro. Não tão grosseiro quanto o que a Kristeva faz com a ciência, mas bem rasteiro. Coloca ideias na cabeça do Tas que não transparecem naquilo que o cara escreveu, nem nas entrelinhas. Reitero: não curto o Zé Simão (é copy and paste, mesmo). O Tas, pra mim, não cheira nem fede.

O feminismo, como ferramenta intelectual de ativismo e de desconstrução crítica da realidade, é e sempre foi necessário, legítimo, merece toda a propagação do mundo. A sua carolice, como aparece no post sobre o Tas, continua me dando ânsia de vômito. O duro é que você anda fazendo escola aqui em casa.

Espero que você não censure este, pelo menos este, comentário.

É uma honra, novamente, ser indicado como troll.

VOTEM EM MIM!

E não é que a babaca censurou? Justificou ainda mais a postura de patrulheira, de carola, de mané mesmo. Sente-se a justiceira do cyberespaço, a defensora do lado mais fraco, a ativista, aberta ao diálogo, mas não passa de uma autoritária fechada ao contraponto.

Começo a perceber que esse negócio de blogar é meio ridículo. Fala-se aos convertidos, somente. Exclui-se o outro. A não ser os blogs grandes, estes nossos amadores não suscitam debate porra nenhuma. Fica cada um com seu cordão de carolas puxa-saco, deusolivre. Se bobear, este blog aqui aproveita a deixa do Idelber e do Dória pra embarcar junto. Deu no saco.

40 comentários:

Sasqua disse...

Cara, nem quero entrar no debate. Chega a me dar desespero.
Mas relaxa. Vamos comprar umas brejas e curtir Velhas Virgens.

dNap disse...

Rarará!

Xiii, a hora que ela acordar aqui, não quero nem ver...

Vanessa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vanessa disse...

Ah, e outra, ela nem é a politizadora. Você só está criando polêmica com isso...

Tanto que discordo de muitas coisas do discurso feminista-conservador, adotado pela Marj, e concordo com outras do discurso libertário-foucaultiano.

Sasqua disse...

;)
Sherpa, a mulher é sua! Segura a fera!

Vanessa disse...

Engraçado,

Você disse:
"Essa carolice feminista me dá ânsia de vômito. Esse texto é coisa de patrulha...."

Acho que quem partiu pro ataque foi você, o que acabou, muito provavelmente, interferindo na 'política de comentários' colocado pela autora logo na página principal. Senão, certamente ela teria publicado seus comments, e na boa. Ela nunca censurou quaisquer comentário, mesmos os mais toscos e digno de 'ânsia de vômito'. E outra, qualquer um pode fazer uma política de comentários em blogs, isso não é necessariamente uma censura, é somente um modo de controlar o que os leitores vão publicar e ler por lá(o Idelber faz isso, o Flavio Gomes também). Num ambiente como esse, de discussões feministas, a tendência à cometários masculinos hostis é absurda - ver: http://cynthiasemiramis.org/?p=1094

Outra, também acho que não precisamos discutir novamente, pois você só vai dizer mais uma vez que eu não tenho 'senso de humor'...Já eu, serei obrigada a lhe dizer você não tem 'senso de diálogo', se é que você me entende. É opinião, não confronto, tá?

Também não acho que o blog dela seja fechado, Dan...Foi você quem me trouxe à esse mundo, e se tem uma coisa que posso lhe dizer, é que a única coisa que mantém um blog ativo é a mais pura necessidade de escrever e seja pra quem for, até mesmo pra ninguém. Bem, já o blog da Marjorie, têm inúmeras(os) leitoras(es), e não na corda bamba, que não sabem pra que lado pender, são leitoras que dividem experiências, se identificam e indentificam resquícios de uma cultura mais do ultrapassada(patriarcal), e também o seu impacto na sociedade. E claro, as inúmeras sugestões sobre a melhor maneira de eliminá-las e negá-las, uma vez indentificadas...Já que os maiores prejudicados somos nós mesmos. Sim, mulheres e homens.

Bem, sobre o que você não-conseguiu-ver no teor e na maneira como o Tas escreveu, endosso o que já disse: Você só não conseguiu enxergar, porque pensa como ele. Não há necessidade de visualisar determinandas palavras, ali no texto do Tas, para poder afirmar a postura moralista/machista que ele teve. Sobre a Juliana, também já disse, ela agiu da mesma maneira que ele, só numa perspectiva inversa.

E claro, você também está no seu direito de se indignar sobre o fato da Marj não ter publicado os seus comments, assim como de ter tomado a iniciativa de escrever esse post...E é por essa razão que adoro a blogosfera, ninguém fica sem resposta, de alguma forma.

Beijosss.

____


Sasqua,

O dia que o Danilo resolver curtir Velhas Virgens, não vou reconhecê-lo. As letras desses caras me dão espasmos convulsivos, assim como quem acha o máximo a tal bandinha aí.
Bleact!
No mais, a cerveja é sempre bem vinda.

Sasqua disse...

Não quero me meter no debate, mas minha mão coça e eu não resisto. Houve duas ocasiões nas quais eu fiquei puto com o Tas: quando ele disse que achava o Saramago um "Zé Mané" e quando se mostrou agressivo com aqueles que o criticaram por isso. Vá lá, não gostar do Saramago é o direito de qualquer um. Mas chamar o cara de "fraude" e ficar bravo com quem discordou foi o fim da picada.
Não acompanhei esse rolo do Simão com a Paes, mas li o post da tal blogueira e, sinceramente, achei de uma fraqueza espantosa. Não achei que o Sherpa tenha "atacado primeiro", muito embora ele esteja longe de ter sido delicado, só que o texto da Marjorie se enquadrou tão perfeitamente no arquétipo da feminista fundamentalista que a coisa ficou realmente feia. Qual é o problema em alguém que é comediante se tornar um "formador de opinião"(Não que Marcelo Tas ou José Simão o sejam). Na tentativa de desqualificar o Tas, ela grotescamente acaba generalizando. O cara (qualquer cara) só pode ser uma coisa. (OU comediante, OU jornalista, OU isso OU aquilo). E o cara tem que ser tipo um deus, sem do direito de errar, ou, o que é pior, sem o direito de ter opiniões polêmicas. Isso para mostar somente as impressões do começo do texto dela.
A impressão geral que ficou foi a de que ela quis tanto exaltar uma espécie de "feminismo de patrulha", pra usar o termo do Sherpa, que acabou vitimizando as próprias mulheres. Ela, a grande Paladina defendendo as mulheres pobrezinhas desse mundo cheio de porcos chauvinistas. Aliás, se ela ler Nietzsche, vai querer iniciar um campanha para queimar todas as obras deles. Pegue só algumas do 'Para além do bem e do mal'por exemplo.
Se eu fosse mulher, ficaria puto. Ou melhor, puta! Porque esse tipo de atitude só reforça o machismo que nós, sabemos, existe. E obscurece o foco verdadeiro: conquistas como a lei maria da penha, a luta pelo fim de imbecilidades como salários mais baixos para mulheres.
Em casa eu cozinho, lavo, passo, limpo a casa e ainda faço massagem nos pés da Renata antes de dormir.
Já pensaram se essa Marjorie cruza comigo bem na hora que alguma mulher me dá uma fechada no trânsito e eu xingo "sua biscate". Pronto virei machista.
Entendo o Sherpa. Foi chamado ofensivamente de machista apenas por criticar (tá, um pouco agressivinho, vai) uma argumentação falha (leia-se tosca) construida para defender uma idéia sem sentido.
Mas deixa pra lá. A impressão que tenho é a de que a blogueira faz parte linha de frente da infantaria do exército do politicamente correto que anda policiando as mais diferentes esferas de comunicação por aí.

Agora vou pra casa, abrir uma cerva, ouvir velhas virgens e depois arrumar a casa pra tudo estar limpinho quando a Renata chegar!

Sasqua disse...

PS - Vanessa, sei que vc não é dessas feministas conservadoras e senso de humor é algo relativo: tem-se para algumas coisas e não para outras!
Por isso, qdo vc e Renata estiverem por perto, nada de VV.

Vanessa disse...

O Danilo não foi machista, ele foi troll. E não dá pra ter senso de humor, também há limites...Muito embora, ele seja machista sim. Só não admite, porque isso dói.

E acho que ele não precisava ter falado daquela forma com uma mulher que dá a vida a causa(sim, tb acredito que devam haver as militantes, é fundamental). Se ela se considerou ofendida? Com certeza, eu também me consideraria.
Ele foi grosseiro no primeiro comment. E ele sabe disso.

Sobre as letras da VV. Eu, sinceramente, vejo humor em outras coisas, pois aquilo só me enoja mesmo. Não consigo entender quem gosta daquilo. Okei, mulheres são todas umas vagabas(julgamento moral. AH, as que ficam em casa são todas santinhas, me esqueci), já os homens são todos uns otários/coitados/vítimas dos poderes sedutores femininos. Vocês acham engraçado, riem de si, e dizem: E não é assim mesmo?
Conformismo e acomodação por trás de um machismo horroroso.
Por isso que digo que até a imagem do homem -assim como sua própria condição-, é prejudicada com esses malditos resquícios da cultura patriarcal.

Mas enfim, boa cerva!
____
Off post- E a Rê tá boa? Como vai chamar a filhota de vocês, já resolveram?
Ah, espero que você deixe a menina andar nua e mostrar a pixoroquinha dela pra todo mundo, porque se fosse menino...

Vanessa disse...

E é IDENTIDADE; mas pelo menos não errei em todas. Isso que dá pular do colchão sem dormir e correr pra comentar, não chega a revisar o que leu.


Acabei de ver aqui...FAIL!

Sasqua disse...

A Rê e a pequena estão bem sim!Ela chega no final de setembro, se for seguir o roteiro, mas nós ainda não escolhemos o nome, vai ficar pra qdo ela nascer mesmo.
Huehuehuehue. Ela vai poder andar livre leve e solta por aí o quanto quiser! Eu é que não vou reprimir!

dNap disse...

Em off, aqui, uma coisa que não falei em nenhum lugar, porque ia parecer desculpa esfarrapada: eu escrevi aquele comentário mamado. E pior, mamado e brigando com a Vanessa, a feminista de meia-tigela. Brigando sobre o assunto, diga-se. Se eu não estivesse bêbado, a crítica seria a mesma, mas com muito verniz.

E, Sasqua, você ouve VV mas é um verdadeiro feminista. Peraí, rapaz, ponha essa mulher pra trabalhar assim que estiver novamente em condições!! Onde está sua carteirinha de macho, a CardMacho da AMB?

Vanessa disse...

Vixe,
Apelou, hein, Dan.

1ºJustificando-se através da bebedeira. Do tipo: Eu fiz-falei aquilo porque estava bêbado - Horrível, isso, nénaum?
Mesmo assim, não muda a sua opinião sobre a coisa. Nem verniz alteraria o que você escreveu, sua opinião é explícita, com flores ou não. Você só não estaria usando as tais palavras que usou, assim como o tal Tas fez lá naquele textinho do blog dele(não foi necessariamente explícito, mas ficou totalmente subentendido). Mas floridinho, talvez fosse tolerável e digno de ser argumentado. Menos ofensivo, diga-se...

2º É, devo ser de meia-tigela mesmo, porque se fosse de uma-tigela-inteira, já teria mandado você pro olho do cú. E sim -pois já sei até o que você está pensando-, realmente não tenho senso de humor pra idiotices...

3º Vejo que têm homens que continuam naquela: Você não é toda feminista? Então carregue o mesmo peso que eu. Você não é toda feminista? Então pague as contas da casa sem reclamar, mesmo que não lhe sobre nenhum tostão, e mesmo que eu ganhe muito mais que você. Foda-se você, você não é toda feminista?
Pior que se aproveitam de uma situação e ainda ironizam.

4º Se o Sasqua é feminista? Bem, ainda não tenho certeza disso.
Ele ajudar na limpeza da casa e ser a favor de direitos cívicos igualitários, não significa, necessariamente, que ele seja um feminista, mas sim que ele vive a vidinha-moderna-do-século-XXI. Infelizmente ele ainda ouve VV, e nenhum feminista suportaria esse tipo de música-letra-cultura-sexista. É incomensurável.

☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺☺

Vanessa disse...

Ah, mesmo assim:

Beijosssssss procê

♥♥♥♥♥♥♥

Marcelo disse...

Opa, opa, opa! Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Se você entrar na barca do PD e do Idelber vai receber um belo de um processo. E não se preocupe, porque os advogados vão achar um motivo pra isso.

Abraço!

Ricardo Cabral disse...

O processo aludido pelo Darwinista será coletivo, eu tb subscreverei. Pó parar com isso.

Quanto ao papo dos convertidos, é o comum, não tenho como discordar. Penso que a própria força das redes sociais se encarregou de amplificar essa característica, já q as pessoas circulam sobretudo ao redor de seus afins, e o debate de ideias fica de lado, é pra inglês ver.

Abs

dNap disse...

Pô, Darw, Ricardo, vocês me confetearam tão bem agora que eu vou continuar escrevendo no Pálido só mais um pouquinho.

:)

Abração procês.

Vanessa disse...

Ricardo,

Preciso discordar de você, não acho que seja 'pra inglês ver'...Presencio vários debates blogs afora. Até nos tais denominados grupos de afinidade- que são uma espécie de: amigos que escolhemos com o dedo-, há debates de idéias e posicionamentos.

Ricardo Cabral disse...

Désir La Vie, reconheço que há uma certa acidez no meu comentário, claro que há bons debates. Mas cá com os meus botões, vejo muito menos debate do que gostaria, e muito mais bate-bocas confundidos com debate, sem falar nos "adorei o que vc disse, é perfeito... pois penso igualzinho".

dNap disse...

O novo post da Marjorie, sobre o Marcelo Coelho, tá hilário. Mais hilário que o post do próprio Marcelo Coelho, que deu origem à mais nova patrulhada.

Iseedeadpeople disse...

Danilo:

Tenho pena da sua mulher. Uma pessoa tão interessante que foi se casar com um chauvinista babaca como vc!!!

E Velhas Virgens é uma bosta.Endeusar "músicas" que só falam em comer mulher e em buceta, é nojento!!!

dNap disse...

hahaha

Hoje eu fui fazer compras de manhã na Quarta Extra: maçãs que ela gosta, legumes que ela gosta, miojos que ela come. Lembrei do desodorante dela. Se eu não fosse um maldito professor, lembraria de mais coisas, mais caras. Ela ficou dormindo, pois dormiu tarde. E, à tarde, fui trabalhar. Dar aulas pra crianças. Você sabe o que é dar aulas pra crianças? Ela ficou em casa. Na internet. Lendo. Postando. Criando. No problem.

O problema das patrulhas é o declive escorregadio. Atribuem palavras, ideias e pensamentos a quem não os deu origem. Confundem galhos com bugalhos. Alguém aqui endeusa VV? Eu sequer ouço! E não tenho alguém que ouve por machista. O Sasqua ouve. E trabalha duro. E lava, passa, cozinha, limpa a casa.

Eu e o Sasqua somos perfeitos chauvinistas, né não?

Vocês, feministas carolas, são uma piada.

Iseedeadpeople disse...

Ah, que fofo ;)

Então tá perdoado rsrsrs

Mas eu não sou carola não,poxa!

dNap disse...

Pois parece, fazendo um comentário ridículo desses. Cuidado, antes de julgar os outros.

Vanessa disse...

Fez tudo o que fez, mas na primeira pressão em meio às discussões feministas me mandou tomar no cú e calar a boca.

O pior foi sua alegação.

Você é um caloroso autoritário, Dan, mas péssimo argumentador. Sorry!

Mesmo assim, obrigada pelas compras e também pelo desodorante...

Vanessa disse...

Putz, fiquei em casa sim...

Lendo, blogando, discutindo, cozinhando, lavando roupa, pendurando roupa, dobrando roupa, lavando louça, limpando privada, passando pano no chão, arrumando cama...Não dou aulas pra crianças, ainda. Também não posso comprar minhas maças, ainda...Infelizmente; infelizmente, mesmo!

Iseedeadpeople disse...

Vcs são muito engraçados rsrsrs!

Meu marido briga direto comigo no meu blog, pq eu sempre meto o pau na India (país mais machista e retrógrado do mundo, travestido em "maior democracia do mundo"), e ele é indiano. Quase dá divórcio.

Mas ... não enxergar extremo machismo no texto do Coelho é demais... até meu filho criança enxergou..

Vanessa disse...

Pois é, Ise

É tão ingênuo que uma criança identifica!

O marido aqui disse pra darmos o revide, porque temos a liberdade também. Oras, mais precisa ele me dizer isso, por acaso?
Iluministinha-de-meia-tigela esse aqui!

O Marcelo caga e se lambuza no finalzinho do texto(citei ali embaixo). Ele simplesmente comprometeu tudo, mas tudo mesmo o que ele escreveu, e que até poderíamos deixar passar na boa(acho). Do tipo: Tolinho, mesmo. Mais um a pensar assim...
Mas não, desejou fechar com chave de ouro; intencional ou não...Apesar que daí não importa também.

"Por que, indago, não ser simplesmente uma mulher?”

Peloamor, hein.
Será que ele tem filha mulher?

aline disse...

Danilo,

é uma pena ter tomado conhecimento desse post só agora. não poderia concordar mais com que vc diz nele. é uma pena que o feminismo da blogosfera tenha se reduzido a isso, a uma patrulha ressentida e que vê em cada homem (sobretudo os que ousam discordar) um inimigo em potencial. esse tipo de posicionamento inflexível não leva a lugar nenhum. é como correr atrás do próprio rabo mesmo. em tempo: não achei seu primeiro comentário trollagem, mas não o li inteiro. não tem nenhuma palavra ofensiva nele, apenas crítica. mas não é todo blogueiro que topa mesmo. e é uma pena que a blogueira não tenha publicado sua resposta. acho que vc tinha direito a isso. mas enfim, já vale por vc ter postado aqui, no seu blog, uma resposta.

eu tuitei esse link e em seguida começo a fuçar seu blog, que me parece ser muito interessante. parabéns.

abraço

dNap disse...

Aleluia, finalmente uma mulher concordou!

Aline, pode fuçar à vontade. O blog é uma zona e fala sobre tudo (e nada, ao mesmo tempo). Sinta-se em casa.

Aliás, vou linkar seu blog aqui. Acho que tem o melhor subtítulo que eu já li na minha vida. E textos ótimos, com naturalidade e elegância raras. Simplicidade é tudo.

Valeu!

Andréia Freire disse...

Sério que vocês não viram machismo no texto do Marcelo? Ficar comparando a beleza das políticas (ai, tá certo isso?) como se elas estivessem num concurso de beleza é claramente sexista, pois com os políticos um texto nesses moldes nunca seria feito. Elas estão lá por suas idéias, por seus projetos, merecem respeito tanto quanto os políticos. Se elas são fisicamente atraentes pra x ou y simplesmente não interessa. Elas não tem obrigação alguma de "enfeitarem" o ambiente. Nunca vi um político bonito, e daí? Quem é que fica comentando isso? Mas se for mulher, ela vai ser alvejada de críticas se não agradar ao olhar masculino. Os homens tem o direito de serem feios, as mulheres não, pois são consideradas "enfeites". É isso que o posto critica. ;]

dNap disse...

Eu, sinceramente, achei o post do Marcelo uma coisa tonta, uma bobagem. Mas não vi esse crime todo que a Marjorie e o Idelber viram.

Eu concordo com a Van de que ele escorregou feio na pergunta: "Por que, indago, não ser simplesmente uma mulher?” Aí ele não foi apenas machista. Foi raso.

De resto, só uma banalidade. Não custa lembrar que é um blog, não a coluna do cara, e nem no blog, nem na coluna ele tem como objetivo analisar a política.

dNap disse...

Só pra completar: fosse o Jânio de Freitas ou o Clóvis Rossi a escreverem o que o Marcelo escreveu, numa coluna de jornal e não num blog pessoal, aí sim, seria esse estrondo todo.

lu disse...

meus amigos ricardo cabral e aline já comentaram aqui e eu assino embaixo de ambos, mas queria passar pra dar um oi e falar pra querida vanessa (oi van!) não pegar no pé do maridón que é inteligente e sabe o que diz.
ótimo post!
abraços
lu bom

ps: sou feminista e não suporto a kristeva ;]

aline disse...

ahhahahhaa

Concordo sim, e acho muito lúcida sua crítica. Eu, sendo mulher, não apenas discordo como fico incomodada com certas generalizações e gritos de ordem. E eu aprendi recentemente que discordar da blogosfera feminista implica em considerado machista quase automaticamente.
Dei uma visitada, gostei do que vc escreve. Ganhou uma leitora, com certeza.

Sobre o Marcelo Coelho, eu não acho que o post dele é o fim do mundo, mas achei o post machista sim. Grosseiro, até. Acho que ele dá brecha pra crítica, pra ironia, mas não pra constatações apocalípticas sobre a condição feminina. E acho seu posto de vista válido, sobretudo porque vc se posiciona de um jeito muito claro, muito tranquilo. Do jeito que é bom pra conversar.

abraço!

Vanessa disse...

Oi, Aline. Oi, Lu

Meninasss!!!

O problema é que ele não vê machismo em nada. Tudo é válido prele. Ele releu o texto e fuçou bastantinho na net pra acabar se convencendo. Eu, mulher-companheira falando, foi sei lá, quase uma afronta prele.

Legal, achei bacaníssima vocês por aqui!
E eu sempre digo pra ele, não fico procurando pêlo em ovo, mas quando tem, ahhh, quero mostrar até enfiar nos zóio dele...O pior que há tantos por aí!

Beijos pra vocês.

Lu, se o marido aqui acompanhasse metade do que você escreve, no mínimo, pelo que conheço aqui, ele iria adjetivá-la da forma mais negativa possível. É nisso minha encrenca com ele, por exemplo...Ou ele até toleraria, desde que não fosse a mulher dele...Saca?
;)

Vanessa disse...

Dan,

Vale dizer que ninguém - mesmo a Marj-, sequer chegou perto da Kristeva.

Kristeva estaria utilizando conceitos matemáticos para explicar os episódios...hehehehehe

Sasqua disse...

Isso é que é debate, huehuehue.
Sherpa, em casa sou eu quem lava, passa, cozinha e faz compras. E além da Rê, minha amada companheira,vou ter uma filha. E ainda tenho 3 cachorras. Sou um macho-ilha: cercado de mulheres por todos os lados.
Minha licença da AMB está temporariamente suspensa.

E eu não adimito ser chamado de machista! Especialmente por uma mulher! (brincadeira, antes que queiram me matar)

Sobre velhas virgens: sim, as piadas são machistas e toscas. Mas eu "si divirto" com eles. Alías se for para boicotar os caras por causa disso, vamos boicotar o AC/DC tb...os caras escrevem letras comparando mulheres a carros: vc pega uma, usa o quanto quiser e depois troca por um modelo mais novo. Mais machista impossível. Membros de honra da AMB.
E, mencionando aquilo que a Vanessa disse, minha filha vai poder andar peladinha por aí o quanrto quiser sim, mostrando a persegida pra quem quiser ver! Estou orgulhoso de ter uma filha, mulher com M!

Vanessa disse...

Ah, Sasqua, nem vem =)

Você quer ser chamado de machista por quem? Pelo Danilo? Ninguém é machista prele, ele só vê o machismo do XIX, não saca a poeira cultural sexista e preconceituosa que paira em nossas cabeças, ainda hoje.

Sobre as letras, concordo veementemente com vós mercê.
O AC/DC, em respeito ao clássico que é, abstraio deveras, agora o VV não tem como, né? Impossível!
O VV é escrachado, sem contar que a verdadeira diversão de quem é fã, nem é tanto pelo som dos caras, mas sim pelas letras. Ninguém fica mega-viajando com os caras fazendo solos e viradas na batera.

Aliás, são inúmeras as bandas que tem letras sexistas. Pantera é uma, por isso não gostava, muito embora os caras tocassem animalmente bem.

Meu deus, você está se sentindo ilhado? Sonho de qualquer homem, nénaum?!
Hehehehe

E...Isso mesmo, deixe a menina crescer e se sexualizar sozinha, sem qualquer interferência parental...Não que de alguma forma isso não vá acontecer, pois é inevitável, basta ter uma tevê em casa

;)

dNap disse...

Revisitei esse post e fiquei com saudades de blogar...

De onde você vem?