14 de setembro de 2011

O Tea Party é uma festa (de Halloween)

Infalíveis, Jon Stewart e Stephen Colbert deitaram e rolaram sobre o “Tea Party Republican Debate” do início dessa semana.

Stewart, primeiro, humilhou a cosmética do debate na CNN, à la reality show. Um horror, de fato. Se a pirotecnia da Globo me dava alergia, é porque ainda não tinha visto essa coisa bizarra da CNN.

Depois, o “correspondente” do Daily Show Al Madrigal resumiu bem o pensamento da galera presente no debate em Tampa, Flórida: “Ronald Reagan era um comuna hollywoodiano que aumentou impostos, fez crescer o governo e deu anistia a imigrantes ilegais. Aquele pobre filho da puta seria devorado vivo por essa platéia.”

Pois é. Dois momentos escrotíssimos protagonizados pela galerinha Tea Party servem de exemplo. O primeiro foi quando alguns responderam com um “yeah!” à pergunta do Wolf Blitzer ao Ron Paul, sobre se o candidato deixaria um rapaz de 30 anos em coma morrer sem tratamentos médicos porque não tem plano de saúde. O segundo, quando o recorde de execuções do governador do Texas Rick Perry foi ovacionado, num outro debate. Colbert:

Perry, o executioner, o anticiência, o criacionista, é o favorito da turminha. McCain é um progressista, um humanista, perto dele. Se a economia não desandar mais ainda, Obamão dá de landslide em 2012.

Fora isso, Krugman e Al Gore foram os entrevistados de ontem. A entrevista com o Gore está sensacional. Ele teve um lapso, fez referência ao personagem do host, depois ficou tentando se explicar e gerou uma piada expontânea. O talento do Colbert pra crescer no inesperado é admirável.

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