7 de março de 2009

Como detectar planetas extrasolares

Desde uma inesquecível aula sobre o tema com um astrônomo argentino (de quem, porém, não me lembro o nome) no Observatório Nacional, eu tento explicar para as pessoas - geralmente incautos que não têm a mínima idéia de onde foram se meter - as duas principais formas de se detectar planetas extrasolares, até hoje. A mais compreensível delas é a do trânsito: se dermos sorte e a órbita do planeta estiver horizontalmente orientada para nós, veremos uma diminuição periódica no brilho da estrela observada - eis o planeta. A outra maneira mais usada de detecção usa o Efeito Doppler, mas provavelmente por causa da minha notória incompetência em física, as pessoas nunca parecem entender. É uma pena, embora a explicação também seja razoavelmente simples, e extremamente bonita.

Não, fiquem tranquilos. Não vou aborrecê-los com meu profundo (sic) conhecimento de física teórica. Mas, aproveitando o ensejo do lançamento do telescópio Kepler, que tal saber: como é que uma coisa corriqueira da física como o Efeito Doppler pode nos ajudar a detectar planetas extrasolares? São três vídeos.

Primeiro, o próprio. O que é o Efeito Doppler?




Segundo: o que é o redshift? (Foi com o redshift das galáxias que a teoria do universo inflacionário de Hubble apareceu, mas eu também não consigo ter muito sucesso tentando explicar isso).




Terceiro, e finalmente: como, então, isso tudo é usado para se detectar planetas extrasolares?


Got it?

O melhor de tudo é que, agora que sabe como detectar planetas extrasolares, você vai querer perturbar um monte de incautos por aí com suas explicações. E, talvez, despertar o maravilhamento pela ciência e pelo espaço em algum deles.

PS: Veja também o artigo da Wiki para um panorama geral dos métodos de detecção de planetas extrasolares. A descoberta de planetas orbitando pulsares é, também, uma coisa fantástica, mas o artigo da Wiki deixa a desejar. Melhor, muito melhor, aqui.

Edit: que preguiça! Uma pesquisinha de 5 minutos me deu o nome do astrônomo com quem tive aula: Fernando Roig. Ótimo professor. 
Com Google não existe mais desculpa.

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