21 de março de 2010
O ídolo e a turba
A efeméride está quase indo embora, e jurei pra mim mesmo que não ia comentar nada sobre o assunto.
Hoje, está em todos os lugares, mas não mais daqui a uma semana.
Senna completaria 50 anos neste 21 de março de 2010, destacam os jornais, as televisões, os sites, os blogs, os twitters.
Vejam o que zombar do culto e mexer com a imaculada imagem de um herói nacional pode causar. Flávio Gomes escreveu um texto que lembra os 50 anos de nascimento do piloto, mas pedindo uma aproximação menos emotiva sobre as lembranças do desaparecido. O jornalista não tocou em nenhum defeito do piloto (que são, obviamente, muitos), não lembrou de nenhum fato desabonador (dentro ou fora das pistas). Mesmo assim, já são mais de 2.000 comentários de bombardeio nacionalista e beato contra Gomes, que está se divertindo com a celeuma toda.
Keller Arpis, que morreu com apenas 26 anos de idade, também a bordo de um automóvel, dizia: se eu morrer hoje, amanhã faz dois dias.
É.
Lá se vão 16 anos, de Ayrton, e 24 anos, de Keller.
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2 comentários:
Danilo,
A Globo ajudou a construção dessa idolatria. Manipulação descarada. E o Galvão não fica uma corrida sequer sem falar no nome dele. E o povo vai atrás
CArlos Roberto
A Globo ajudou sim na construção que foi feita em torno da imagem do Senna, tanto em vida, quanto (e principalmente) após a morte.
Não gosto desse Senna fictício.
O Senna piloto, o competidor sangue nozóio, selvagem e preciso, é inigualável. Eu o amo como uma das pessoas mais interessantes que já existiram.
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