1 de maio de 2008

... para esquecer a ampulheta e celebrar nossa breve, frágil, sem sentido, deliciosa existência

Um dia, alguém citou essas palavras aqui, do lisboeta Alexandre O´Neill, esperando viver "momentos mais do que necessários":

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte

Nenhum comentário:

De onde você vem?