19 de maio de 2008

(quase) sem comentários

Matéria de hoje na Folha Online: Associação quer espiritualizar judiciário.

Parte final do texto, assinado por Vinícius Queiroz Galvão:


"Não enxergaria nenhuma diferença entre uma declaração feita por mim ou por você e uma declaração mediúnica, que foi psicografada por alguém", diz Alexandre Azevedo, juiz-auxiliar da presidência do CNJ, designado pelo conselho para falar a respeito das associações.

A Folha levantou quatro decisões em que cartas psicografadas, supostamente atribuídas às vítimas do crime, foram usadas como provas para inocentar réus acusados de homicídio.

Segundo Zalmino Zimmermann, juiz federal aposentado e presidente da Abrame, o propósito da associação "é questionar os poderes constituídos para que o direito e a Justiça sofram mais de perto a influência de espiritualizar". "O objetivo geral é a espiritualização e a humanização do direito e da Justiça", diz.

Para o juiz de direito Jaime Martins Filho, a escolha de sua profissão não foi uma casualidade e, por isso, a exerce como uma missão de vida. "Não acredito em acaso, mas numa ordem que rege o universo, acredito em leis universais." E ele explica "a finalidade religiosa da associação".

"Dentro da liberdade de religião, são os juízes aplicando princípios religiosos no seu dia-a-dia. Temos um foco que é a magistratura, procurar trabalhar esses valores espirituais que estão relacionados com a própria religião dentro da magistratura", diz Martins Filho.

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1. A passos largos, o judiciário caminha para arrebatar o título de mais abjeto e ridículo entre os três poderes (verdadeira façanha, diga-se). Acompanhe parte da saga com o Idelber Avelar aqui, aqui, aqui e aqui também.

2. E vocês acharam que infame foi o post do Gasparetto, né?

Um comentário:

Vanessa disse...

É de causar risos e temor.

Risos, pois não é possível...AJE, Abrame????

Temor, pois isso é perigosíssimo.

Mardito Kardec.

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Concordo com Schwartsman: "Quanto ao ser humano, num ponto ele de fato difere dos outros animais. Insiste em prestar reverência a uma hipótese implausível, que se provou desnecessária e, nos dias de hoje, tem-se mostrado mais destrutiva do que agregadora"(1)

(1)http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u343557.shtml

Artigo interessantíssimo esse acima.

De onde você vem?